Startups e empresas de tecnologia em saúde (HealthIT) levantaram US$ 2.2 bilhões de dólares no primeiro semestre de 2014, e os investimentos corporativos têm grande parte nesse feito.
Em busca de como inovar, muitas empresas de grande porte buscam a saúde digital como um caminho. Embora os dados que irei mostrar abaixo sejam referentes ao mercado norte-americano, no Brasil já temos grandes empresas de saúde se mobilizando para a criação dos chamados Corporate Ventures (CVs).
O recorde de investimentos na tecnologia em saúde de 2014
Como você pode notar no gráfico da CBInsights, desde 2010 os CVs já investiram mais de $2.34 bilhões de dólares em saúde digital e healthIT. Como aproximadamente 2 meses para o final do ano, já é possível apontar alguns investimentos mais famosos, como os $130 milhões de dólares recebidos pela Flatiron Health em um Series B feito pelo Google Ventures, ou os $41 milhões de dólares que a Health Catalyst levantou junto à Kaiser Permanente Ventures em outro Series B, ou até mesmo os $32.5 milhões de dólares que a Telcare levantou em um Series C com a Qualcomm Ventures e Sequoia.
Associado a esses movimentos americanos temos a mobilização de grandes hospitais, laboratórios, farmacêuticas e outro stakeholders brasileiros, o que comprova a ausência de “modismo” nos investimentos na saúde digital e tecnologia em saúde (healthIT), e sim um caminho natural de toda grande corporação, que é buscar inovação fora de suas estruturas.
A maior parte dos investimentos são no early-stage
A sensação que tenho é que no Brasil os CVs têm se preparado mais para o mid stage que o early stage, talvez por tentar um movimento um pouco mais conservador, já que não temos um passado consolidado em investimentos corporativos na saúde brasileira.
Ao contrário do Brasil, o foco dos investimentos em saúde digital e tecnologia em saúde nos EUA já são mais expressivos no early stage, momento em que a as startups estão começando a se desenvolver. É nesse momento também que o investimento é mais arriscado, o que pode entrar em conflito com o conservadorismo natural do setor.
Quem são os CVs mais ativos?
Como pode notar no ranking, são diversos CVs de diversos segmentos diferentes da saúde investindo em saúde digital e tecnologia em saúde. De farmacêuticas e hospitais a devices, o que é certo é que as grandes corporações brasileiras devem buscar inovação fora de suas estruturas, se quiserem permanecer líderes ou brigar pela liderança do setor.
