Em estudos apresentados no mHealth Summit, em Maryland, os grupos comprovaram esta ideia, nos fazendo pensar sobre que tipo de mensagem passamos para os pacientes, talvez muito mais do que com que frequência ou por que meio.
Em um estudo, apresentado por Dr. Beth Brock da Brown University, foi realizada uma intervenção feita para estudantes de faculdade com foco em consumo de bebidas e se mostrou de alta eficiência para este grupo. Já em outro estudo, um pesquisador comparou cinco tipos diferentes de mensagens na habilidade de influenciar também os problemas de consumo de bebidas em adultos.
Brock olhou 62 estudantes entre as idades de 18 a 22. Metade deles tiveram mensagens motivacionais gerais, enquanto metade recebeu mensagens de texto criadas por outro grupo de estudantes com dicas sobre o consumo, condução de veículos e situações sociais.
“Nós queríamos que eles ajudassem para escrever as mensagens, porque não queríamos que elas parecessem escritas por um grupo de acadêmicos de meia-idade, o que poderia ter acontecido, caso as tivéssemos escrito. Umam coisa que veio em todos os grupos de análise das mensagens foi: Nao ns diga para não beber, mostre que você se importa com a maneira como bebemos e com a nossa segurança enquanto bebemos.”
Os resultados não mostraram uma diminuição no consumo de bebidas, mas, sim, uma queda significativa nas consequências negativas do consumo de bebida (o que poderia incluir de ressaca a denúncia de conduta violenta, no caso de dirigir após consumir bebida alcoólica) de 9,45 incidentes para 3,29 por semana após seis semanas de acompanhamento.
Já o segundo estudo envolveu 120 participantes em seis braços diferentes. Além do grupo controle, houve um grupo que recebeu mensagens focadas nas consequências do consumo e um grupo que recebeu mensagens motivacionais não-relacionadas ao álcool. Os outros dois grupos receberam mensagens personalizadas com base em um questionário realizado anteriormente. Nestes grupos personalizados, as mensagens também tiveram o horário mudado de acordo com o horário em que os participantes costumavam beber, fator que, segundo Fred Muench, pesquisador na North Shore Health System, foi o mais importante no estudo.
Nos dados obtidos até o momento, há duas grandes tendências, uma é a confirmação de que, para quase todas as métricas, enviar mensagens com as consequências não faz diferença.
“Nós vimos o grupo personalizado indo muito melhor que os outros grupos. Enviar aquelas mensagens no tempo correto foi muito, muito importante”, disse Muench.