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Cada dia que passa mais e mais wearable devices aparecem no mercado, basta ver a quantidade de matérias que temos escrito sobre essa tendência. O Google não ficou pra trás na disputa dentro desse mercado, primeiro apresentou o Google Glass, depois a Smart Contact Lenses.
Além desses dispositivos já bastante conhecidos por nossos leitores, a empresa adquiriu em janeiro de 2014 a startup de automação caseira Nest, por US$ 3.2 bi. Outra empresa da lista de devices é a Motorola, que foi comprada por US$ 12.5 bi em 2011, vendida para a Lenovo por US$ 2.91 bi em janeiro, e considerada um grande erro estratégico do Google por alguns, ou uma tacada genial para adquirir as patentes da empresa por outros.
Falamos só de hardwares até agora, mas para haver conexão entre os dispositivos é necessário que haja um software comum a todos, certo? Pois o Google já o tem, e se chama Android, adquirido pela empresa em 2005 por US$ 50 mi.
Mas como todas essas aquisições podem influenciar na saúde e no seu futuro? Confira abaixo o potencial de cada aquisição e projeto:
GOOGLE GLASS
[youtube]http://youtu.be/H9_piiD_j0M[/youtube]
O potencial do Glass para telemedicina e mHealth também não é novidade, inclusive já entrevistamos o Dr. Rivas, grande entusiasta de Stanford, no uso do device. Mas afim de mostrar um outro lado, que não o cirúrgico do glass, para fomentar ainda mais os avanços do Google em direção à saúde, vamos usar a Augmedix como exemplo.
Classifico o Glass como um monitor 24/7 pois além de termos esses modelos já conhecidos na saúde, que podem compilar todas as informações de um paciente na nuvem, o Google provavelmente é capaz de compilar também os hábitos de cada indivíduo, e utilizar toda sua estrutura de Big Data para analisar esses dados, como já exemplificamos no primeiro capítulo com o caso de Paulo.
SMART CONTACT LENSES
[youtube]http://youtu.be/jbU_hSZwAvU[/youtube]
Outro protótipo do Google são suas lentes de contato inteligentes para pacientes diabéticos. Como já foi apresentado pelo Empreender Saúde, as lentes são capazes de medir a glicemia através das lágrimas, o que reduziria a necessidade de realizar a dextro com agulhas, além de aumentar a efetividade do tratamento.
Vá além! Assim como o Glass, imagine que essas informações fossem transferidas 24/7 para um banco de dados e correlacionado a todas as outras informações, ou se preferir, a todas as suas “pegadas digitais”. Imagine o impacto dessas informações para as farmacêuticas, governo, hospitais etc.
NEST
Você deve estar se perguntando do por quê considerar a aquisição da Nest um passo do Google em direção à saúde. Pois esse movimento foi a estreia da empresa na casa do futuro, automatizada.
Onde quero chegar é que esses dispositivos já são capazes de detectar a temperatura do ar e assim ajustar o ar-condicionado de acordo com o ambiente, então é possível pensarmos que, se bastante sensível, poderão detectar também alterações na temperatura corpórea e apontar casos de febre, por exemplo.
Você conhece o Google Flu Trends? Essa ferramenta de análise varre a internet atrás de palavras específicas para estimar surtos de gripe, e tem grande acurácia em relação aos dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention).
Se o Google é capaz de estimar casos de gripe através da análise de palavras na internet, imagine como será quando tiver dados da sua casa, 24/7.
[youtube]http://youtu.be/6111nS66Dpk[/youtube]
MOTOROLA
As notícias sobre a entrada da Apple na saúde estão começando a deixar de ser especulação. Associe essa informação com a de que o Google pode ter adquirido a Motorola por suas patentes, com o objetivo de proteger-se de gigantes com Apple e Microsoft, e você pode ter certeza que o Google deve entrar na área de gadgets para saúde e bem-estar em breve, assim como sua maior rival, Apple, e sua “aliada” Samsung. As especulações já começaram, e onde há fumaça, há fogo.
Acompanhe os outros capítulos da série:
Capítulo 1/7 – Google.com – mapeando o comportamento do ser humano
Capítulo 2/7 - Devices do Google – monitoramento 24/7 dos comportamentos e hábitos humanos
Capítulo 3/7 - DeepMind – desenvolvendo a Inteligência Artificial
Capítulo 3/7 - DeepMind – desenvolvendo a Inteligência Artificial
Capítulo 4/7 - D-Wave – o uso da Computação Quântica
Capítulo 5/7 - Boston Dynamics – pioneirismo na robótica
Capítulo 6/7 - Project Loon – a democratização da Internet
Capítulo 7/7 – Calico – amarrando as tecnologias Google