No dia 7 de abril comemoramos o “Dia Mundial da Saúde” em que a reflexão sobre os caminhos do sistema de saúde de nosso país se torna inevitável. Em meio ao cenário de gargalos na prestação de serviços e do aumento da demanda de uma população da terceira idade que só cresce, é preciso corrigir os eixos da máquina agora para que possamos oferecer o mínimo de dignidade para estas e as futuras gerações.
Em plena crise, ainda vermos o volume de desperdício em todos os âmbitos chega a ser desumano. Para se ter uma ideia, em 2017 cerca de R$100 bilhões de reais foram desperdiçados, isso significa 20% da verba total gasta com a saúde pública e privada no país, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP). Os responsáveis deste desperdício gigantesco são erros médicos, exames desnecessários, excesso de consumo de materiais e fraudes, que por sua vez também passam por processos de gestão equivocados
Não à toa, a tecnologia, e especialmente a automação, tem se tornado uma grande aliada do sistema de saúde, suportando demandas com mais precisão e segurança para todos os envolvidos.
Mas é importante frisar que quando falamos em automação, não estamos excluindo o fator humano, até porque eles estão tanto no processo de implantação e gerenciamento das tecnologias, como na ponta final, no relacionamento cada vez mais premente e estratégico com o paciente.
Sim, porque cada vez mais o paciente tem participação ativa no seu atendimento, interagindo e cobrando as instituições e dos prestadores de serviços, e pedindo autonomia no processo de decisões de seus tratamentos.
Como um representante da logística hospitalar, vejo o quão essencial ela se torna para a coleta, organização e disponibilização de dados, produtos e serviços para os gestores, impactando diretamente na melhor resolutividade e atendimento das demandas dos pacientes.
Estamos na era da automação, mas também de pacientes mais engajados para o atendimento de suas necessidades básicas de saúde, em que datas como esta se tornam símbolo para todos eles, e para todos os prestadores de serviços, para a tomada de decisões assertivas e básicas para mais que nossa sobrevivência.
Domingos Fonseca, Presidente da UniHealth Logística Hospitalar