Passando a moda dos wearable devices, há uma estimativa de que os produtos se tornem obsoletos. Segundo James Temple, editor de healthcare do Recode, o mercado está se tornando acomodado e cheio de dispositivos que oferecem poucas mudanças. ''A maioria deles conta passos, estima calorias e talvez monitoram o sono. Muitas pessoas, na verdade, simplesmente param de usá-los em algumas semanas ou meses. Os dados não acabam ajudando eles a fazerem mudanças de estilo de vida significativos'', disse ele.
Teresa Wang, da RockHealth, tem uma opinião diferente. No último ano, a RockHealth tem conduzido pesquisas no mercado de wearable devices e biossensores. Segundo ela, o financiamento de biossensores e wearable devices aumentou 5 vezes nos últimos dois anos, apresentando um crescimento maior que a saúde digital durante o mesmo tempo. Wang diz que a junção dos dois mercados, o de biossensores e o de wearable devices, deve ter grande importância no cuidado com a saúde.
Os dispositivos biossensores são ferramentas que têm a capacidade de converter reconhecimento biológico em saída de sinal. Os wearable devices que possuem biossensores representam hoje em dia a maior parcela do mercado. Porém, um problema enfrentado por desenvolvedores e empresas é o comprometimento do usuário ao produto. Segundo uma pesquisa da Endeavor Partners, 50% das pessoas abandonam os wearable devices de controle de atividades em um ano e meio. Para resolver esse problema, a RockHealth criou um webinar que explica onde as companhias estão falhando no desenvolvimento de seus dispositivos.
Para que um wearable device tenha sucesso, são necessárias algumas qualidades, como funcionalidade, confiança e conveniência. A funcionalidade pode ser atingida coletando fatores fisiológicos com potencial tanto para médicos, quanto para usuários. Criar um software que liga ações aos dados apresentados e coletados pode fazer com que o produto seja mais útil também. A confiança é alcançada com algoritmos que apresentam dados precisos. A aprovação da FDA para o wearable device também faz com que o usuário desenvolva segurança para usar o dispositivo. O desenvolvedor trabalha com a conveniência quando resolve problemas frequentemente, como os de bateria, por exemplo e quando sincroniza dados entre os wearable devices e smartphones e clouds.
O mercado de wearable devices atualmente é dominado por grandes empresas já consolidadas no mercado, que conseguem ser responsáveis tanto pelo hardware, quanto pelo software de seus produtos. O problema das startups é que elas ainda não têm essa capacidade. A solução apresentada pela RockHealth é uma plataforma, ainda não desenvolvida por eles, que possa reconhecer e criar dados.
Com os recentes anúncios das plataformas de saúde da Apple e da Samsung parece ter vindo a salvação. Essas ferramentas serão capazes de auxiliar os desenvolvedores de startups a entrarem no mercado de wearable devices mais facilmente.
Os wearable devices podem ser de grande auxílio à todo o sistema de saúde. Pacientes seriam diagnosticados e tratados mais rapidamente, além de terem a capacidade de conhecerem mais sobre o seu estado de saúde. Os médicos podem ter nos wearable devices suporte para praticarem a telemedicina e terem controle de seus pacientes remotamente. A indústria farmacêutica também pode ser beneficiada, combinando dispositivos com drogas e tendo dados mais precisos em pesquisas e testes.
Confira abaixo o report da RockHealth sobre os Wearable Devices: