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Brasileiros Inovam em Neurocirurgia

Estamos acostumados a falar de inovações na área de digital, mas ficamos bastante satisfeitos de ver novos produtos sendo lançados em todas as áreas da saúde. Essa felicidade dobra quando recebemos notícias de inovação brasileiras.

A Ventura Biomédica, empresa de São José do Rio Preto criou um cateter para drenagem hemorrágica com potencial de trazer diversos benefícios para a área de neurocirurgia. O dispositivo foi testado na UNIFESP e em alguns hospitais cariocas.

O cateter foi utilizado em 30 procedimentos de neurocirurgia e não entupiu em nenhum deles, enquanto um cateter convencional entope, segundo a empresa, em cerca de 50 a 60% dos casos. Os benefícios, então, são muitos:  redução do custo operacional para hospitais, redução do risco de infecções (meningite) e melhor recuperação do paciente.

De acordo com o neurocirurgião Ângelo Maset, fundador da Ventura Biomédica, “Quando ocorre este entupimento é preciso fazer a troca do dispositivo. Para isso, é necessário remover o paciente ao centro cirúrgico novamente, expondo-o a novos riscos de infecção. Os riscos estão relacionados à locomoção e ao manuseio do equipamento, que é retirado e recolocado no paciente. O procedimento aumenta o risco de se contrair infecção (meningite) em até 46%”, explica.

No sistema proposto pela Ventura para a área de neurocirurgia, o cateter tem maior dimensionamento dos orifícios, permitindo a redução dos entupimentos. Além disso, há uma metodologia de inserção que também diminui o risco do paciente.

Com o novo cateter, o custo operacional dos hospitais poderá ser reduzido, pois, além de evitar trocas de cateter que, em muitos casos, gera recurso de glosa, também evita o retorno do paciente ao centro cirúrgico e o paciente permanece menos tempo no hospital.

Em muitos casos, para reduzir os entupimentos e o consequente risco de infecção, utilizam-se fibrinolíticos - medicamento de alto custo que é utilizado nos cateteres de 8 em 8 horas para manter a potência do cateter, ou seja, mantê-lo desobstruído. “A infecção está diretamente relacionada ao manuseio do cateter. Quanto mais for manuseado, maior a exposição do paciente a uma infecção”, finaliza.

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TAG: Geral