Doze zeros. Dois trilhões de dólares. A quantia assustadoramente alta representa o custo da obesidade sobre toda a riqueza produzida pelos países do mundo. O extenso estudo da consultoria McKinsey publicado este mês estima que 2,8% da economia global está comprometida com questões relativas ao sobrepeso e à obesidade.
Com cerca de um terço da população mundial acima do peso, o reflexo torna-se tão considerável quanto o causado por guerras e pelo cigarro. E o cenário deve piorar ainda mais até o ano que vem, quando se estima que metade das pessoas no mundo acumulará uns quilos a mais.
O custo estimado pela McKinsey considera a perda de produtividade econômica, o impacto nos custos dos sistemas de saúde e os investimentos em políticas de combate à obesidade iniciativa que o principal autor do estudo, Richard Dobbs, recomenda em larga escala.
Estão no estudo 74 medidas, usando como base a população do Reino Unido (37com excesso de peso e 25% obesos), para este combate. Mais exercícios e alimentos in natura, menos fast food e alimentos processados: a lista inclui também a conscientização de pais e escolas para evitar o problema já na infância.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já trata a obesidade como epidemia, comum a países em todos os níveis de desenvolvimento, e a conecta a doenças crônicas como o diabetes tipo 2, câncer, hipertensão e outras. Cerca de 2,8 milhões de pessoas morrem devido à obesidade por ano no mundo.
* com agências internacionais