A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz nesta segunda-feira (11) uma reunião para discutir a ética do uso de medicamentos experimentais, no momento em que o mundo luta para conter a rápida propagação do vírus ebola. Não existe atualmente qualquer tratamento ou vacina contra o vírus, um dos mais letais conhecidos, e com o número de mortos próximo de 1.000 pessoas. Na última semana, a doença foi considerada pela OMS "emergência de saúde pública de caráter mundial".
A utilização de medicamentos experimentais suscita intenso debate ético. Por isso, especialistas de todo o mundo encontram-se nesta segunda-feira para a elaboração de diretrizes sobre o uso de medicamentos não autorizados em situações de emergência, como é o caso do surto de ebola.
Dois norte-americanos e um padre espanhol, infectados com o vírus quando cuidavam de doentes na África, estão sendo tratados com o medicamento experimental ZMapp, que mostrou resultados promissores. O remédio, da empresa norte-americana Mapp Pharmaceuticals, está em fase inicial de desenvolvimento e só foi testado em macacos, além de ser escasso.
É ético utilizar medicamentos não autorizados para tratar as pessoas? Em caso afirmativo, que critérios devem cumprir e em que condições, bem como quem deve ser tratado são as questões a responder, disse Marie-Paule Kieny, assistente do diretor-geral da OMS, anfitrião do encontro desta segunda-feira.
O ebola causa febre e, nos casos mais graves, hemorragias intensas, podendo ser fatal em até 90% dos casos, segundo a OMS. Descoberto há quatro décadas, o vírus é transmitido por contato direto com o sangue e outros fluidos corporais ou tecidos de pessoas ou animais infectados.
No último sábado (9), a OMS informou que uma vacina preventiva contra o ebola deverá passar à fase de testes clínicos em setembro e poderá estar disponível em 2015. O ZMapp parece ter sido eficaz no tratamento de dois trabalhadores norte-americanos repatriados - o médico Kent Brantly e a voluntária Nancy Writebol - e está agora sendo administrado ao padre católico Miguel Pajares, infectado na Libéria e levado para a Espanha.
Fontes da família do religioso confirmaram nesse domingo (10) que os médicos começaram o tratamento com o ZMapp e que o estado do doente é estável. As mesmas fontes disseram que aguardam o efeito do soro experimental com esperança.
A utilização de medicamentos experimentais suscita intenso debate ético. Por isso, especialistas de todo o mundo encontram-se nesta segunda-feira para a elaboração de diretrizes sobre o uso de medicamentos não autorizados em situações de emergência, como é o caso do surto de ebola.
Dois norte-americanos e um padre espanhol, infectados com o vírus quando cuidavam de doentes na África, estão sendo tratados com o medicamento experimental ZMapp, que mostrou resultados promissores. O remédio, da empresa norte-americana Mapp Pharmaceuticals, está em fase inicial de desenvolvimento e só foi testado em macacos, além de ser escasso.
É ético utilizar medicamentos não autorizados para tratar as pessoas? Em caso afirmativo, que critérios devem cumprir e em que condições, bem como quem deve ser tratado são as questões a responder, disse Marie-Paule Kieny, assistente do diretor-geral da OMS, anfitrião do encontro desta segunda-feira.
O ebola causa febre e, nos casos mais graves, hemorragias intensas, podendo ser fatal em até 90% dos casos, segundo a OMS. Descoberto há quatro décadas, o vírus é transmitido por contato direto com o sangue e outros fluidos corporais ou tecidos de pessoas ou animais infectados.
No último sábado (9), a OMS informou que uma vacina preventiva contra o ebola deverá passar à fase de testes clínicos em setembro e poderá estar disponível em 2015. O ZMapp parece ter sido eficaz no tratamento de dois trabalhadores norte-americanos repatriados - o médico Kent Brantly e a voluntária Nancy Writebol - e está agora sendo administrado ao padre católico Miguel Pajares, infectado na Libéria e levado para a Espanha.
Fontes da família do religioso confirmaram nesse domingo (10) que os médicos começaram o tratamento com o ZMapp e que o estado do doente é estável. As mesmas fontes disseram que aguardam o efeito do soro experimental com esperança.
Apelo
O diretor operacional da organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MSF) que atua no Oeste da África, Bart Janssens, pediu que a declaração de emergência por causa do surto de ebola feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) seja traduzida em ação imediata. Para o diretor, vidas estão sendo perdidas porque a resposta ao surto é lenta demais.
Declarar ebola uma emergência internacional de saúde pública mostra o quão seriamente a OMS está assumindo o surto atual, mas declarações não salvam vidas", disse o diretor considera que precisam ser ampliadas ações como atendimento médico, treinamento de profissionais de saúde, controle de infecção, rastreamento das pessoas que tiveram contato com infectados e sistema de alerta.
Atualmente há 66 profissionais estrangeiros e 610 locais atuando pelo MSF no atendimento das vítimas do ebola em Serra Leoa, na Nigéria e na Libéria. Todos os nossos especialistas em ebola estão mobilizados, nós simplesmente não podemos fazer mais.
A epidemia de ebola no Oeste da África matou 961 pessoas desde o início do surto, em março. Guiné, Serra Leoa e Libéria são os locais onde o surto está instalado, mas a Nigéria já registrou duas mortes pela doença. O vírus é transmitido pelo contato com o sangue, secreções respiratórias ou outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados.
Declarar ebola uma emergência internacional de saúde pública mostra o quão seriamente a OMS está assumindo o surto atual, mas declarações não salvam vidas", disse o diretor considera que precisam ser ampliadas ações como atendimento médico, treinamento de profissionais de saúde, controle de infecção, rastreamento das pessoas que tiveram contato com infectados e sistema de alerta.
Atualmente há 66 profissionais estrangeiros e 610 locais atuando pelo MSF no atendimento das vítimas do ebola em Serra Leoa, na Nigéria e na Libéria. Todos os nossos especialistas em ebola estão mobilizados, nós simplesmente não podemos fazer mais.
A epidemia de ebola no Oeste da África matou 961 pessoas desde o início do surto, em março. Guiné, Serra Leoa e Libéria são os locais onde o surto está instalado, mas a Nigéria já registrou duas mortes pela doença. O vírus é transmitido pelo contato com o sangue, secreções respiratórias ou outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados.