Nesta sexta-feira (29) será realizada uma simulação colocando em prática as medidas adotadas pelo Governo Brasileiro em resposta a um eventual caso suspeito de Ebola em viajante internacional. A simulação terá início no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão e será concluída no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A ação será realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e conta com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Fiocruz; Corpo de Bombeiros; Tam Linhas Aéreas e Concessionária RIO Galeão.
A ação tem como objetivo exercitar os órgãos envolvidos sobre as medidas previstas nos planos de preparação, em uma situação que simula um caso real. Exercícios desse tipo reforçam a preparação da rede de vigilância em saúde para uma resposta rápida e eficiente frente aos desafios impostos pela doença. Embora seja considerada baixa a possibilidade de um viajante infectado por Ebola chegar ao Brasil, serão colocados em teste os procedimentos que devem ser seguidos pelas equipes de saúde. A simulação contempla todos os passos de uma comunicação do caso suspeito feito pela aeronave ao aeroporto internacional, o transporte do paciente e o atendimento no hospital de referência.
Como será realizado em um espaço de segurança restrita e, para garantir a sua qualidade, o exercício de simulação não será aberto ao público e aos veículos de comunicação. A simulação não alterará o funcionamento normal do aeroporto. Outros exercícios semelhantes deverão realizados no futuro, em distintos locais. O Ministério da Saúde reafirma que não há caso suspeito ou confirmado de Ebola no Brasil.
Vacina
Segundo ele, o instituto já estava trabalhando no projeto da vacina a cerca de uma década, mas a situação de descontrole da doença no oeste africano fez com que a pesquisa fosse "acelerada".
A pesquisa é realizada pelo NIH, em parceria com outra agência estatal americana, o Instituto Nacional de Alergia e Enfermidades Infecciosas (Niaid), e também tem o apoio da indústria farmacêutica privada GlaxoSmithKline.
O diretor do Niaid, Anthony Fauci, também participou da entrevista e falou da necessidade de encontrar uma resposta eficaz e rápida, devido ao iminente risco de proliferação do ebola.
A epidemia de ebola já contaminou mais de 3 mil pessoas e matou mais da metade dos infectados. De acordo com Fauci, a situação está sem controle, e por isso é preciso trabalhar em todas as frentes possíveis, com os métodos tradicionais de isolamento das pessoas infectadas, novos medicamentos, mas também na busca de uma resposta de prevenção imunológica.
Ele justificou a participação da GlaxoSmithKline como "co-pesquisadora", devido à necessidade de se produzir uma vacina em larga escala, caso o resultado da pesquisa seja satisfatório. Ele explicou que foi difícil, por exemplo, produzir doses suficientes do medicamento experimental ZMapp, desenvolvido em San Diego, Estados Unidos, e "a empresa doou todas as doses disponíveis para o tratamento de infectados".
Foi com o ZMapp que os dois norte-americanos contaminados em julho, na Líberia, foram tratados e conseguiram se recuperar da doença, em Atlanta, no estado da Georgia.
Os voluntários serão avaliados nove vezes durante 48 semanas, e para garantir a segurança dos voluntários - todos, adultos saudáveis - os cientistas vão dar a vacina para apenas três pessoas ao mesmo tempo, a fim de verificar a segurança antes de vacinar outros voluntários.