A relatora especial da Organização das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, Hilal Elver, disse nesta quarta-feira (12) que os países com epidemia de ebola Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri estão à beira de uma grave crise alimentar. Nesses países, há mais de 1 milhão de pessoas que precisam de ajuda para amenizar a falta de produtos básicos, disse, em Genebra, a relatora.
A agricultura é a principal atividade econômica na África Ocidental, onde dois terços da população dependem dela. Nesse contexto, o fechamento de fronteiras, a redução do comércio internacional, a queda do investimento estrangeiro e a diminuição do poder de compra de milhares de famílias já vulneráveis deixam esses países em situação muito precária, acrescentou Hilal Elver.
Vírus se alastra
O Mali anunciou nesta terça-feira (11) um novo caso de contaminação pelo vírus ebola, um enfermeiro que morreu infectado. O caso não tem relação com o caso anterior detectado no país. De acordo com fontes médicas, o homem morreu em Bamaco, capital do Mali, depois de ter atendido um paciente da Guiné.
É o segundo caso de ebola no Mali. O primeiro foi o de uma menina de 2 anos, que morreu no dia 24 de outubro, depois de ter estado na Guiné.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até o dia 2 de novembro foram registrados 13.042 casos de ebola em oito países com 4.818 mortos.