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Bill Gates anuncia US$ 50 mi para o combate ao ebola

Valor será utilizado para compra de recursos básicos no combate à epidemia na África Ocidental, principalmente na Libéria, Serra Leoa e Guiné

A Fundação Bill & Melinda Gates, encabeçada e que leva o nome do fundador da Microsoft e sua esposa, e que investe em iniciativas inovadoras para melhoria da qualidade de vida no mundo, anunciou na quarta-feira (10) que investirá US$ 50 milhões para apoiar o aumento dos esforços de emergência para conter o surto de ebola na África Ocidental e deter a transmissão do vírus.

A fundação liberará fundos para as agências das ONU e organizações internacionais que trabalham na resposta à doença. A ideia é permitir que elas e os governos locais adquiram os suprimentos necessários e aumentem as operações de emergência nos países afetados. Além disso, a fundação trabalhará com parceiros dos setores público e privado para acelerar o desenvolvimento de tratamentos, vacinas e diagnósticos que possam ser eficazes para tratar os pacientes e prevenir a transmissão da doença.

A fundação diz já ter investido mais de US$ 10 milhões na luta contra o surto de ebola; US$ 5 milhões dedicados à OMS para operações de emergência e avaliações de P&D e US$ 5 milhões ao U.S. Fund da Unicef para Libéria, Serra Leoa e Guiné comprarem suprimentos médicos essenciais, coordenar as atividades de resposta e dar às comunidades em risco informações de saúde. Outros US$ 2 milhões serão investidos imediatamente nos centros de controle e prevenção de doenças, para apoiar a gestão de incidentes, o tratamento e o fortalecimento do sistema de cuidados com a saúde.

Esforço brasileiro
A Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (ICMRA, sigla em inglês), publicou uma declaração sobre o ebola logo após a Conferência Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos, realizada no Rio de Janeiro no fim de agosto. O texto informa que as autoridades reguladoras de medicamentos de todo o mundo firmaram compromisso de encontrar soluções inovadoras que facilitem a avaliação e o acesso potencial a novos medicamentos para o tratamento do Ebola.

A Anvisa faz parte do ICMRA e foi uma das articuladoras para criação do grupo. Além da Agência, a Coalização também é formado pelas autoridades regulatórias Health Canada (Canadá); Therapeutic Goods Administration (Austrália); China Food and Drug Administration (China); Agência Europeia de Medicamentos (União Europeia); Autoridade Reguladora de Produtos de Saúde (Irlanda); Agência Italiana de Medicamentos (Itália); Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão e a Agência de Produtos Médicos e Farmacêuticos (Japão); Medicines Evaluation Board (Holanda); Health Sciences Authority (Singapura); Medicines Control Council (África do Sul); Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (Reino Unido); Food and Drug Administration (Estados Unidos).

“O papel das autoridades reguladoras de medicamentos é de avaliar as evidências geradas pelos estudos clínicos e fazer uma análise de risco para saber se tais produtos podem ser utilizados de forma segura, seja de forma preventiva, seja como tratamento. Os países mais afetados pelo atual surto de Ebola não têm, em sua maioria, sistemas rotineiros de coleta de dados confiáveis. Em uma crise como a que se apresenta, é um grande desafio encontrar soluções práticas que garantam a coleta e o acesso aos dados, de forma que as decisões acerca dos riscos e benefícios possam ser tomadas com base em evidências científicas precisas, evitando-se assim riscos indevidos aos pacientes”, diz a entidade, em comunicado.