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Pesquisa inédita mensura benefícios do protagonismo da enfermagem na atenção primária

Crédito: Freepik enfermeiro_celular.jpg

64% dos casos atendidos pela Alice em seu canal digital gerenciado por profissionais de enfermagem foram resolvidos, otimizando a experiência do paciente

Uma pesquisa inédita publicada na revista científica BMC Research Notes -  indexada à Medline, principal serviço de indexação de revistas - indica os benefícios da atenção primária digital gerenciada pela enfermagem. O levantamento foi realizado por pesquisadores da Alice, gestora de saúde, com base em mais de 4 mil consultas realizadas entre fevereiro e agosto de 2021 no Alice Agora, canal digital da healthtech de atendimento 24h, focado na atenção primária.

Intitulado “An Integrative Telehealth Platform Managed by Nurses” (“Uma Plataforma Integrativa de Telessaúde Gerenciada por Profissionais da Enfermagem”), o material demonstrou que 64% dos casos analisados foram solucionados digitalmente, ou seja, por meio de uma conversa online com um profissional de enfermagem, com respostas em até 30 segundos. O atendimento é feito por meio de protocolos de saúde construídos e validados por médicos com base em evidências científicas e, quando necessário, contam com assistência médica.      

Foco em Atenção Primária

Alice Agora é a plataforma digital de atenção primária da Alice. A healthtech utiliza métricas e desfechos de saúde para promover mais saúde para os membros – como a Alice chama seus pacientes. Isso é feito por meio de atenção primária, coordenação de cuidado e tecnologia. Assim, o Alice Agora atende tanto demandas agudas - traumas, dores de cabeça e gripe - quanto casos crônicos - acompanhamento de condições como hipertensão arterial. O sistema integra prontuários eletrônicos e uma sala de bate-papo 24 horas, na qual os pacientes podem se comunicar com enfermeiros e médicos de plantão via mensagem, vídeo ou áudio.

O atendimento é baseado em protocolos de saúde respaldados em evidências científicas que visam abranger as queixas mais comuns, como as de sintomas de gripe. Nesse caso, é utilizado o protocolo para IVAS (infecção de vias aéreas superiores). Já no sistema de musculoesqueléticos, por outro lado, há um protocolo de entorse de tornozelo visando excluir a possibilidade de fratura e já orientando a conduta, que pode ser encaminhamento ao pronto-socorro por possibilidade de fratura ou mesmo o tratamento definitivo em caso de lesão ligamentar simples.

“Profissionais de enfermagem e medicina são adicionados ao canal de acordo com a complexidade do caso. Com base nos dados clínicos e nos protocolos da Alice, os profissionais decidem se vão conduzir o caso internamente ou encaminhar para a atenção secundária ou terciária”, explica Mario Ferretti, líder de excelência em saúde da Alice e um dos autores da pesquisa.

No modelo, os profissionais de enfermagem ganham maior protagonismo, valorização e autonomia em sua prática clínica de forma segura e baseada em evidências científicas, ao mesmo tempo em que geram valor aos membros por meio de um atendimento resolutivo.

“Nesse contexto, é possível fazer uso mais racional do sistema de saúde, evitando o encaminhamento de casos de baixa complexidade aos prontos-socorros, minimizando desperdícios de recursos, reduzindo deslocamentos desnecessários e diminuindo tempo de atendimento e espera no sistema como um todo. Outro relevante ganho com este modelo é a otimização do tempo de atendimento médico, que é destinado aos casos que se beneficiarão da intervenção deste profissional de saúde. O resultado disso é que o membro tem sua queixa resolvida de maneira mais rápida e custo-efetiva”, ressalta Maite Rossetto, líder de enfermagem na Alice.

Resultados

Das mais de 4 mil consultas do Alice Agora analisadas no estudo, a maioria foi acerca de demandas sobre as vias respiratórias superiores (28,5%), questões gastrointestinais (14,43%), problemas musculoesqueléticos - distúrbios ou lesões que ocorrem nos músculos, nervos e articulações - (11,22%), entre outros temas.

Além disso, 87,4% dos casos foram atendidos pela atenção primária, enquanto 6% foram encaminhados para a atenção secundária. Apenas 6,6% do total de casos precisaram ser levados para a atenção terciária. Os resultados mostram também o alto nível de satisfação dos membros com o modelo, cujo CSAT (Customer Satisfaction) ficou em 4,92 de 5.

Com base nesses dados, a hipótese do estudo é que a triagem feita pelos profissionais de enfermagem pode ajudar a distribuir melhor os casos pelos níveis de atenção adequados. Isso possibilita a resolução de condições agudas de forma eficaz, além de melhorar a vivência dos usuários. 

“A ideia é oferecer o cuidado certo, na hora certa, da maneira certa. Os casos são escalados à medida em que os protocolos sugerem, o que garante, em primeiro lugar, uma melhor experiência e atendimento para o membro, mas também um melhor uso dos recursos. A Alice possui toda a estrutura necessária em sua Comunidade de Saúde, com hospitais, especialistas e laboratórios parceiros, para atender em todas as frentes de cuidado necessárias. Acreditamos que podemos ter um melhor aproveitamento do sistema de saúde suplementar seguindo o modelo focado na atenção primária e os resultados estão demonstrando isso”, finaliza Ferretti.

Além de Ferretti, os demais autores do artigo são Vinícius Ynoe de Moraes, parte do time de excelência em saúde na Alice; César Biselli Ferreira, líder médico de saúde digital na Alice; Camila Kaory Kawagoe, parte do time de excelência em saúde na Alice; Fernanda Gushken, parte do time de excelência em saúde na Alice; e Guilherme Azevedo, CHO da Alice.