Tecnologias, como Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) estão transformando a área de facilities e de manutenção em hospitais. Instituições de saúde do Grupo Marista e do Grupo OPY vivenciam essa mudança na prática. As tecnologias de facilities e manutenção preditiva estão revolucionando a gestão hospitalar de modo a garantir mais eficiência operacional e menos custos.
O setor hospitalar enfrenta desafios diários, como equipamentos parados, problemas no sistema de ar condicionado e desperdício de produtos de limpeza. Para os gestores de facilities e manutenção, esses são pontos críticos que afetam diretamente o funcionamento dos hospitais. Sensores, que funcionam sem necessidade de cabeamento e utilizam uma rede de dados própria, estão ajudando a solucionar esses problemas.
"Os prestadores de serviços que não são auxiliados por facilidades enfrentam diversos desafios. A gestão da qualidade das prestadoras é complexa, e reclamações sobre a limpeza ou falhas nos equipamentos são frequentes. A área de facilities, cada vez mais integrada à estratégia de negócios dos hospitais, busca entender e melhorar continuamente os processos, trazendo dados relevantes para as decisões", explica Leandro Simões, CEO da Evolv, startup responsável pelas tecnologias usadas em unidade do Grupo Marista e do Grupo OPY.
Em uma operação hospitalar, a limpeza dos banheiros é crucial, pois vírus e bactérias podem se proliferar nesses locais. Para otimizar a gestão de limpeza, sensores monitoram o fluxo de pessoas em tempo real, sem necessidade de fios ou internet, por meio de uma rede privada. Com esses dados, é possível implementar a limpeza sob demanda, direcionando os funcionários de forma estratégica e garantindo a qualidade e higiene dos banheiros.
O projeto implantado no Hospital Delphina Aziz, em parceria com o Grupo OPY, utiliza sensores de infravermelho para monitorar o fluxo de pessoas em ambientes e banheiros, substituindo as rondas sequenciais de limpeza. Sistemas inteligentes de monitoramento da saúde de equipamentos também foram instalados, ajudando na manutenção preditiva e permitindo um monitoramento em tempo real do fluxo de pessoas, performance de máquinas e controle de temperatura e umidade.
"Essa tecnologia evita desperdício de tempo da equipe, água, papel e material de limpeza, conseguindo uma redução de 20% a 40% nos custos, mantendo os banheiros sempre limpos", afirma Simões.
A tecnologia de manutenção preditiva é aplicável a diversos tipos de equipamentos. No Grupo Marista, sensores foram instalados nos chillers das máquinas de ressonância magnética, resultando em uma economia de R$ 260 mil por ano com recarga de gás hélio, graças aos alertas preditivos que permitem ações preventivas.
Os sistemas de monitoramento também auxiliam na disponibilidade de equipamentos e na gestão de climatização, registrando temperatura, umidade e pressão em áreas críticas dos hospitais, como centros cirúrgicos e UTIs. "A qualidade dos ambientes hospitalares é fundamental, especialmente em picos de epidemias. Sensores podem ajudar a manter a climatização adequada", destaca Simões.
Os resultados dessas soluções já são visíveis. O Hospital Delphina Aziz, por exemplo, elevou seu Net Promoter Score (NPS) de 90% para 97%, um impacto significativo na eficiência geral do hospital.
Além disso, a startup desenvolveu crachás inteligentes que monitoram o fluxo de pessoas e controlam automaticamente a equipe, indicando quem realizou a limpeza e por quanto tempo. Esses crachás também monitoram os leitos, permitindo o controle da equipe de enfermagem e nutrição.
Os cases e resultados citados foram tema de uma palestra na Hospitalar, o maior evento do setor da saúde na América Latina. Saiba mais!