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Gestão da saúde corporativa: quais são os erros das empresas

A maioria das empresas comete erros ao tentar diminuir os gastos com assistência médica ou até mesmo ao achar que só ela é suficiente para manter a qualidade de vida dos funcionários. Em um momento tão desafiador como o que estamos vivendo, é ainda mais importante ter uma boa gestão de saúde dentro das companhias e buscar alternativas para manter o bem-estar dos colaboradores.

No entanto, iniciativas isoladas de promoção de saúde não são efetivas e pouco resolvem o problema de fato. É preciso dar mais atenção para esse tema dentro das áreas de Recursos Humanos e ter uma pessoa apenas olhando para isso dentro das companhias. Além disso, para ir mais a fundo nesse assunto, os empresários precisam compreender como funciona o sistema de saúde brasileiro e entender os principais problemas da área, pois só assim conseguirão tomar decisões mais assertivas.

Nesse sentido, muitas empresas passaram a investir em soluções que vão desde descontos e subsídios em medicamentos até o incentivo à adoção de uma alimentação mais saudável, atendimentos psicológicos e à prática de atividade física. Essas são ações que ajudam a manter os colaboradores saudáveis em nível de atenção primária, para evitar que pequenos problemas se tornem graves e, consequentemente, promovam gastos desnecessários com o sinistro do plano de saúde - segunda maior despesa da área de RH, ficando atrás apenas da folha de pagamento.

A sinistralidade consiste na relação entre o custo e a receita com o plano de saúde. Sempre que um colaborador utiliza o convênio é gerado um sinistro, que pode ter um custo elevado. De acordo com o Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicação anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de procedimentos de todos os grandes grupos aumentou em 2020, em especial os exames complementares, que aumentaram 28,7%; terapias, com avanço de 27,7%; e internação, que registrou aumento de 13,9%. 

Para diminuir esses valores, a tecnologia, por meio de aplicativos e plataformas inteligentes,  se tornou a maior aliada para cruzar dados e trazer diagnósticos mais precisos sobre a saúde dos colaboradores dentro das empresas. Assim, é possível analisar tendências, ter uma visão holística do perfil epidemiológico dos funcionários e criar ações preventivas extremamente assertivas, baseadas em dados. Também é importante ter um monitoramento por métricas e indicadores de desempenho da saúde, para perceber alterações e poder tomar medidas rapidamente, com mais precisão e eficácia.

A tecnologia é uma realidade já é uma realidade no nosso dia a dia em diversos setores. Na saúde, não pode ser diferente. Neste momento de incertezas que a pandemia trouxe, cabe às empresas usar todas as ferramentas que possuem à disposição para cuidar do seu maior ativo, seus colaboradores, da maneira mais assertiva possível.

Sobre o autor

Alexandre Máximo é CEO da MediPreço. Trabalhou em projetos de software por 12 anos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), onde foi responsável por novos projetos e sustentação de sistemas junto a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Graduado, pós-graduado e MBA em Tecnologia da Informação.