Somente a área de saúde privada perde, por ano, aproximadamente 20 bilhões de reais em decorrência de fraudes. No setor público, esse problema não é muito diferente. Notícias envolvendo corrupção e erros médicos são noticiados constantemente pela mídia. Estas ações, além de afetarem diretamente a população, que precisa do sistema de saúde, causam grandes prejuízos financeiros às instituições, assim como a perda de credibilidade do setor como um todo.
Mas como evitar estes problemas?
As práticas de compliance surgem exatamente neste contexto. Com o intuito de garantir o cumprimento de normas, leis, regras e padrões estabelecidos pela empresa, esse conjunto de ações é essencial para mitigar riscos e identificar quaisquer atos que vão contra os valores da organização.
Ao realizar checagem de terceiros - processo bastante comum no compliance - por exemplo, é possível investigar colaboradores, fornecedores e também terceiros a fim verificar se estes também estão em conformidade, afinal, nem todos os casos ilícitos se iniciam dentro da própria empresa. Com informações relevantes em mãos, gestores podem tomar decisões mais rápidas e precisas.
Evidentemente que estabelecer um programa de compliance eficiente requer tempo, dinheiro e esforço. Contudo, hoje com a tecnologia pode-se otimizar muitas práticas, como a de coleta de dados sobre pessoas e empresas. Sendo assim, investir em compliance é uma ótima ferramenta não só para evitar fraudes, mas também garantir o cumprimento das demais obrigações da empresa.
Sobre o autor
Eduardo Tardelli é CEO da upLexis, empresa de software que desenvolve soluções de busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) da internet e outras bases de conhecimento.