Principal evento para as lideranças de saúde no Brasil, a edição 2021 do Saúde Business Fórum começou com o pé direito: gestores de instituições de todo o país se reuniram na Ilha de Comandatuba (BA) para discutir as lições aprendidas e os próximos passos do setor de saúde brasileiro. Ao longo do dia, convidados, palestrantes, parceiros e patrocinadores foram recepcionados pela equipe, possibilitando oportunidades de networking e reencontros. O fórum marca o retorno dos eventos presenciais do portfólio de saúde da Informa Markets Brasil, seguindo todos os protocolos de segurança e mantendo o foco nos pilares pelos quais o evento se consolidou: relacionamento, negócios e conteúdo
Sob o tema “O novo urgente: como redesenhar o setor de saúde em meio a uma sociedade híbrida”, Eduardo Barros, Diretor do Portfólio de Saúde da Informa Markets, reforçou a importância da troca entre organização, participantes e convidados. “Só estamos aqui hoje porque vocês estão aqui hoje – e isso é muito especial para nós, principalmente pelo momento de retomada que vivemos”, apontou. “Por isso, nosso foco é oferecer o nosso melhor e garantir a melhor experiência possível, para que todos saiam com a sensação de que cada minuto dedicado a passar aqui valeu a pena”, completou o diretor.
Ainda durante a abertura, Juliano Braz, VP of Sales da Take Blip, apresentou a solução da empresa, que utiliza o whatsapp e chatbots para otimizar essa troca entre clientes e instituições.
Ciência comportamental: oportunidades para o setor de saúde
Keynote speaker do dia, Matt Wallaert, Head of Behavioral Science da Frog e especialista em ciência comportamental, abriu a grade de conteúdo do evento. Em participação remota, seguida por uma sessão de perguntas e respostas ao vivo, o especialista discutiu a relação entre o comportamento e o avanço dos sistemas. “Defendo a ideia de que somos todos cientistas comportamentais, de uma forma ou de outra, já que estamos o tempo todo interagindo e experimentando com as pessoas ao nosso redor, afetando o comportamento delas”, comentou. Muito além de uma ferramenta útil para o design de produto, o especialista defendeu que a ciência comportamental também pode afetar resultados, processos, parcerias e modelos de negócio.
Abrindo a sessão de perguntas, Isadora Kimura, diretora de produtos da Nilo, comentou sobre a redução de fricção nos processos, questionando sobre o papel dessa etapa na adoção de novos hábitos ou comportamentos no setor de saúde. Wallaert respondeu alertando que a tecnologia muitas vezes é uma pressão promotora, mas que é preciso prestar atenção para que ela não se torne também uma fricção. “Forçar as pessoas a usarem o aplicativo do plano, por exemplo, pode gerar uma resistência em que os usuários busquem alternativas para fugirem do app. É importante considerar todos os meios e pressões envolvidas para compreender os comportamentos”, respondeu.
Fernanda Fortuna, coordenadora de conteúdo e produto do SBF, deu sequência à conversa, perguntando sobre as intervenções mais bem sucedidas para o engajamento do paciente no sistema de saúde. “Gosto de focar em intervenções simples, mas que tenham impacto de longo prazo. É muito importante entender as perspectivas do negócio, unindo profissionais e serviços que melhor se adequem a cada cenário”, defendeu o especialista.
Apontando o movimento coletivo em prol da saúde gerado pela pandemia, Priscilla Franklim Martins, Strategic Corporate Accounts da Boston Scientific, questionou ao palestrante se, com a retomada do novo normal, esses temas devem continuar relevantes. “Até determinado ponto, as questões centrais vão se manter. A saúde mental é um desses exemplos, em que a questão já estava sendo discutida, mas ganhou relevância durante a pandemia. A vacinação também é um tema que deve ser abordado de novas formas, finalmente entendida como uma questão coletiva e não individual. Algumas outras questões podem acabar perdendo espaço – mas boa parte dos temas já era tendências e apenas se consolidaram”, defendeu.
Chrystina Barros, CEO na Apoio Ecolimp, encerrou a sessão de Q&A perguntando sobre as aplicações da Inteligência Artificial na mudança de comportamento. “Os humanos são muito importantes no processo de ciência comportamental – por isso, a IA pode ser utilizada para potencializar a capacidade humana das relações. O uso conjunto entre essa tecnologia e a humanidade é o caminho mais seguro, tirando o trabalho mecânico e permitindo que o humano foque no que é, de fato, humano. Automatizar respostas e contatos básicos por exemplo, permitindo que o médico entre no circuito apenas durante as conversas e necessidades mais complexas e sensíveis, é uma opção”, concluiu.
Educação digital e networking
Apresentando a DHA - solução de educação digital em saúde da Informa Markets em conjunto com a Folks -, Juliana Vicente, gerente de marketing do portfólio de saúde da Informa Markets, e Cláudio Giulliano, CEO da Folks e Coordenador de Conteúdo da DHA, encerraram os conteúdos de plenária. “Esse é um produto que vai ajudar muito as instituições e gestores nesse momento de transição para a transformação digital. Não é a tecnologia que vai transformar a saúde digitalmente. São as pessoas capacitadas para usá-la que o fazem”, defendeu Juliana. “Criamos na DHA uma matriz de competências que devem ser trabalhadas no contexto da saúde, detalhadas em aspectos mais técnicos, além dos métodos e da formação hospitalar”, completou Giulliano.
Com patrocínio e apoio do Grupo Verzani & Sandrini, o Happy Hour do dia recebeu os participantes para um momento de descontração e conversa. O networking e os reencontros continuaram sendo o foco na sequência, com um jantar oferecido pela MV, encerrando com um after de forró, oferecido por Delfin Gonzalez Miranda.