"Por onde vocês andaram? Esse dispositivo teria salvo a vida do meu pai. Mesmo assim quero um para minha mãe. Amei a ideia", disse T. B., um cliente da startup de hoje, em depoimento ao portal da empresa.
Criar medical devices no Brasil não é uma tarefa muito simples e sempre que vemos um exemplo promissor, queremos trazer para vocês. Entrevistamos a Poapy, uma startup de saúde que foi lançada em fevereiro de 2014, e hoje cria uma solução focada na percepção da queda.
Eles começaram a proposta há mais ou menos um ano, em fevereiro de 2014 e, conforme houve o desenvolvimento do produto, chegaram a uma solução que foca em perceber a queda de pessoas que moram sozinhas ou que estão em asilos e casas de repouso. Se eles estão sozinhos, não conseguem pedir ajuda em caso de emergência e, com o dispositivo em formato de pulseira, um aviso automático é encaminhado para o familiar ou para uma viatura de socorro.
Segundo Luiz Davi, a ideia surgiu de um ocorrido com um familiar, que precisou deste tipo de solução e não conseguiu chamar socorro. Hoje ele é diretor estratégico e comercial e um dos sócios-fundadores dessa iniciativa. Além de Luiz, Felipe da Silva Ribeiro, também sócio-fundador, é diretor de desenvolvimento de produto e outros dois engenheiros trabalham na equipe. Todos os integrantes se formaram em Engenharia Eletrônica pela UTFPR.
A queda entre idosos é um problema recorrente e tem crescido com o aumento dessa população. É cada vez mais comum que eles morem sozinhos e sejam autônomos, mas muitas vezes há diminuição de força e mobilidade, podendo gerar o problema.
A empresa está estudando o modelo de negócios, mas a ideia é ter um software as a service, onde o serviço vendido é um software alinhado a uma solução na nuvem. O device criado pela equipe para o acompanhamento seria disponibilizado nessa primeira venda.
Com montagem brasileira, o device mostra padrões de movimentos e detecta alterações, podendo, assim, identificar uma queda e, em seguida, reportar o contato de emergência do idoso. Segundo Luiz, o time se orgulha da produção nacional do produto.
Atualmente, a equipe possui um produto funcional, mas ainda não comercial. Alguns parceiros estão iniciando os testes e cerca de cinco idosos estão fazendo os testes iniciais e dando feedbacks à equipe.
O foco do negócio é B2B, com vendas para asilos e outras instituições, mas há possibilidade para o modelo B2C também.
Abaixo, Luiz Davi conta um pouco mais sobre o produto:
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