A marca de cosméticos L'Oreal desenvolve amostra de pele humana há alguns anos em seus laboratórios em Lyon, na França, mas avanços e estudos ainda são necessários, então a empresa fechou uma parceria com a Organovo, uma startup que usa bioimpressão para a criação de tecidos humanos capazes de replicar as funções biológicas do corpo. Nos próximos cinco anos, a empresa quer acelerar a produção de pele no laboratório, usando a tecnologia da startup.
A tecnologia NovoGen Bioprinting Platform envolve a identificação de elementos-chave em termos de arquitetura e composição dos tecidos pretendidos, criando uma forma de bio-tinta para a realização do modelo. O tecido, então, é construído em camadas verticais e a startup pretende usar o material para os processos de cura de lesões e queimaduras faciais.
A técnica atual da L'Oreal envolve quebrar tecidos de pele em células, alimentar essas células com uma dieta especial e cultivá-las em um ambiente que se assemelhe ao corpo humano. As células originais vêm de um tecido doado por pacientes submetidos a cirurgias plásticas. Das 100 mil amostras que a empresa produz todos os anos, metade é usada na pesquisa de cosméticos e a outra metade vendida para a indústria farmacêutica e para competidores, de acordo com a Bloomberg.
Anteriormente, a Organovo já havia fechado parcerias com biofarmacêuticas, como a Merck, e centros médicos acadêmicos, mas esta é a primeira entrada na indústria da beleza.
No vídeo abaixo, a empresa explica seu processo e a vantagem dele em relação à cultura tradicional de células.