Eles ganharam o prêmio no Hackaton, competição realizada pela Fiesp e acabaram de passar para a semifinal de um concurso mundial do Google chamado “Histórias de Sucesso”, evento em que escolhem histórias inspiradoras de empreendedorismo. Manoel Neto, um dos fundadores, foi o entrevistado e ele nos contou um pouco sobre o histórico da empresa e e os planos futuros.
Quando o aplicativo surgiu? Quem era o time na época e em quantos estão agora?
O Instituto Colabore é uma ONG, que começou a ser idealizada no final de 2011, mas foi oficialmente fundado em Janeiro de 2013 com a seguinte composição de associados fundadores:
Manoel Neto - Presidente;
Renato Oliveira - Diretor secretário;
Roberto De Souza Cavalcanti Junior - Diretor Tesoureiro;
Flávio Aguiar Santana - Conselho Fiscal;
Marco Aurélio Lopes Lima - Conselho Fiscal;
Joji Fucamizu - Suplente Conselho Fiscal;
Marta Alves - Suplente Conselho Fiscal;
Mariza Ap. Piccioni Gonçalves - Associada Fundadora;
Marlene Ferrari dos Santos - Associada Fundadora;
Romulo Henrique - Associado Fundador;
José Carneiro - Associado Fundador;
Leonel Cunha - Associado Fundador;
Essa é a lista dos presentes na reunião de fundação da ONG, mas já tínhamos mais parceiros na época que não puderam participar desta reunião, atualmente eu sou o único colaborador de tempo integral, mas possuímos mais de 50 colaboradores espalhados por todo o país (e até fora dele) que contribuem frequentemente, mas sem compromisso de frequência.
Como funciona o processo de captação de novos doadores por mHealth?
A proposta do Heroes, não é ser apenas um sistema, mas sim um movimento, onde a doação de sangue comece a fazer parte da rotina das pessoas, assim como a ida ao cabeleireiro, a visita ao dentista, queremos que as pessoas mantenham a rotina de doação de sangue, e nosso sistema vai colaborar para isso através de uma gestão completa. Ou seja, a captação de novos doadores virá por influencia de amigos e marketing direcionado para a causa.
Como funciona o sistema de avisos e acompanhamento do doador de sangue?
Na versão atual (que é apenas um MVP) utilizamos o sistema de agendamento do próprio Smartphone, e a tela principal da aplicação que mostra quantos dias restam para que uma nova doação possa ser efetuada; Para as próximas versões teremos um dashboard e sistema próprio de aviso e notificações para os doadores;
Como você vê o atual cenário de doação de sangue e como você acredita que o Heroes pode mudar isso?
Atualmente o Brasil arrecada uma média de 3,6 milhões de bolsas de sangue, a recomendação da OMS é que cheguemos pelo menos a 7 milhões, sendo o numero ideal de 10 milhões, porem atualmente não temos uma deficiência muito grande nos grandes centros e sim no interior do País. Nossa meta é atingir esse número recomendado pela OMS, mas de forma estruturada e bem distribuída em todo o território nacional.
Qual foi a importância de ganhar o Hackathon da Fiesp e o que este prêmio trouxe para a empresa?
O principal prêmio que conquistamos com essa vitória foi o apoio da própria FIESP, pois a partir disso tivemos muita visibilidade e fomos procurados por outras grandes entidades, hoje já colecionamos uma lista muito boa e extensa de parceiros.
Qual o modelo de negócios e como é a monetização?
Atualmente estamos dependendo de doações, que vem de empresas e pessoas físicas, mas temos um modelo de negócios que será ativado após o crescimento da base de usuários doadores, através dos hemocentros particulares.
Quais são os próximos passos da empresa e do aplicativo mHealth?
Primeiro precisamos conseguir um aporte financeiro (leia-se Doação) para darmos sequência no desenvolvimento, expandirmos para outras plataformas e línguas. Em seguida, continuar o trabalho de Network e parcerias, principalmente com hemocentros e parceiros internacionais.
Como a ONG se mantem atualmente?
Através da doação mensal que a Açotelha (empresa de Dourados-MS) faz e de algumas pessoas físicas que também depositam regularmente algum valor diretamente na conta da ONG.