A Oli nasceu há 2 meses com a proposta de entregar uma experiência diferente para o usuário do plano de saúde. Com vivências prévias no mercado financeiro e de educação, Caroline Arede, fundadora da marca, aposta agora no meio de campo entre as operadoras de saúde e os prestadores.
Ao se aprofundar na área da saúde, Caroline percebeu a enorme lacuna entre o que os beneficiários deveriam receber e o que de fato recebem. Pesquisou sobre o fluxo de compra de um plano de saúde e logo de início encontrou a primeira dor: nenhum site ou corretor possibilitava a compra de forma digital. “Você tem que fazer uma solicitação, colocar nome, CPF, quantos dependentes tem aí sim um corretor te liga ou muitas vezes nem liga!”, afirma e já relata a segunda dor “depois da compra, você fica abandonado. O vendedor passa seu ‘problema’ para a operadora”.
A Oli surgiu para contrapor a série de burocracias que são necessárias no momento da compra do plano de saúde e o fato dos vendedores não conseguirem esclarecer as dúvidas e orientar os indivíduos. “Tem sido uma jornada interessante nesse sentido porque vemos que as pessoas são carentes [de informação], os produtos que tem no mercado são difíceis de entender, tem muito problema regulatório, as pessoas não entendem os termos, não entendem o que estão comprando e só delas ligarem e tirarem dúvida já ficam satisfeitas”, conta Caroline.
Fizeram parcerias com grandes players da cadeia – operadoras de saúde (SulAmérica, Bradesco e GNDI), laboratórios (Fleury, Dasa) – para oferecer a melhor rede para seus clientes. Incluindo sua proposta de valor ao ajudá-lo a navegar por essa rede. Conseguem desta forma melhorar a sinistralidade e ter um resultado melhor. Mas reforçam que o objetivo não é satisfazer uma necessidade das empresas, por exemplo, mas sim do indivíduo.
Para as operadoras, a Oli é um canal de vendas qualificado. “Minha carteira tende a ter um retorno melhor pra elas. Já para o cliente meu foco é oferecer um serviço melhor, uma experiência melhor dentro do plano de saúde”, explica Caroline. Toda comunicação com o mercado é feita de forma digital. A empresa oferece uma equipe de saúde 24h de enfermeiros e médicos para esclarecimento de condutas e dúvidas do usuário. Por enquanto, os atendimentos têm sido feitos via WhatsApp, mas ano que vem lançarão seu próprio aplicativo.
A fundadora explica que somente a porcentagem ganha na venda dos planos de saúde é suficiente para pagar por todo esse serviço e completa “isso diz muito sobre o setor inclusive”. Para que todo esse acompanhamento seja possível, é necessário o uso de tecnologia - aplicativos, sistemas, chatbot - para que várias tarefas sejam automatizadas. “Nosso objetivo não é ganhar dinheiro com a venda a curto prazo, mas cuidar do paciente no longo prazo”, relata Caroline.
Ao escolher trabalhar apenas com duas operadoras é possível deixar melhor tanto o processo de venda como a navegação na rede. A ideia não é funcionar como um marketplace com tantas operadoras e sim oferecer cuidado aos beneficiários. “Tem muitos players vindo, muita gente lançando coisas. A saúde precisa resolver esses problemas de forma coordenada. Não adianta cada um ficar num canto resolvendo um probleminha específico e ninguém olhar para o paciente de forma coordenada, com todos os players que ele está tratando. O que tentamos fazer é isso, tratá-lo de uma forma holística, inclusive daí que vem o nome Oli”, finaliza Caroline.
*Esta matéria foi atualizada em 01/11/2019.