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Como fazer um pitch?

Não é de hoje que me pedem dicas sobre como fazer um pitch. Na verdade isso não é novidade pra ninguém, eu mesmo já fui atrás de diversos mentores para me ajudar nisso, já que fazer um pitch é uma arte e primordial para qualquer negócio.

Embora seja um assunto amplamente divulgado, com diversos nomes de peso dando dicas para empreendedores na internet, continuo vendo pitchs fracos, e que muitas vezes não trazem nenhum tipo de informação relevante, ou pior, apresentam muito bem o mercado e nada do negócio.

Ao pensar nisso, e considerar a importância de como fazer um pitch, decidi compartilhar uma das maiores referencias que tenho sobre esse assunto. Há aproximadamente 2 anos me deparei com um vídeo de 1:30 do Guy Kawasaki, ex-Apple e altamente conhecido na roda dos empreendedores. Na época não acreditei muito no que ele falava, pois o senso comum era mostrar o desempenho no analytics e outros, mas na pesquisa para esse post eu decidir assisti-lo novamente.

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=liQLdRk0Ziw[/youtube]

Minha surpresa foi que passei a concordar com ele, talvez pela experiência que tive nesses dois últimos anos. O vídeo foi para o Youtube em 2006, então essa apresentação é desse ano ou mais antiga. Apesar da data, o modelo se mostra atual, e pessoalmente falando, altamente eficiente a investidores e executivos.

Trata-se de uma regra criada por Guy Kawasaki sobre como fazer um pitch, chamada de 10-20-30. Discuto abaixo cada ponto dessa regra, já com minha opinião, e ao final trago um pitch de 1:30 que uso como benchmark e mostro para todos que me pedem ajuda.

10 Slides

Pouco importa seu resultado no Google Analytics, suas campanhas do AdWords, índices de crescimento nas redes sociais, se você não sabe que problema está tentando resolver, ou se sua solução de fato resolve esse problema.

Em 2012 fiz um workshop muito bom sobre Lean Startup, onde me ensinaram como fazer um pitch em 5 slides. O comum é ver pitches de 15-20 slides, então ficar na média, com os 10 slides, está mais do que suficiente.

Para citar um exemplo prático, em todos os meetups organizados pelo EmpreenderSaúde e Health 2.0, estabelecemos 5 minutos de pitch. Para finaliza-los, batemos palmas ao término do tempo.

Pode soar rude, mas quem já foi para as ruas apresentar um negócio a quem quer que seja, principalmente investidores, sabe que se você tiver mais de 30 segundos, está no lucro. Experimentei essa sensação no mesmo workshop que citei acima, com 30 segundos para fazer a apresentação de um pitch, primeiro para montar um time, depois aos investidores presentes.

Com isso, a regra dos 10 slides sobre como fazer um pitch sugere a seguinte estrutura: título, problema, solução, modelo de negócio, principais diferenciais, marketing e vendas, competição, time, projeções e o status atual associado a uma timeline de próximos passos.

20 minutos

O próprio Guy Kawasaki fala: “não importa se você tem uma reunião de 1 hora, você vai perder pelo menos 4 minutos para fazer seu laptop rodando Windows, funcionar com o projetor”. Quem conhece sua carreira sabe que essa piada na verdade tem a ver com a rixa Apple vs. Microsoft.

Piadas à parte, na hora que pensar em como fazer um pitch, considere diversos tamanhos, sabendo que o mais importante sempre será o de 30 segundos (elevator pitch). Considere 30 segundos, 3 minutos, 10 minutos e não considere mais nada, pois dificilmente você terá mais tempo.

30 pontos

Aos que me conhecem, leem meus posts e gostaram do novo design do Empreender Saúde, sabem que sou muito fã de design, design gráfico e tipografia. Mas o que isso influencia em um pitch?

A resposta é, muito! Quando comecei a pesquisar sobre como fazer um pitch eficiente e efetivo, me deparei com a “regra” de utilizar fontes no tamanho mínimo de 36pt.  Basta ver minha última apresentação na Campus Party.

Os motivos são diversos, mas os principais são (já concordando com Kawasaki):

  • Visibilidade: as pessoas tem que ler o que você escreveu no slide. Claro que a atenção deve estar no que é falado, mas é inevitável que os slides sejam lidos, e eles precisam ser claros e visíveis a todo momento
  • Conhecimento: não tem coisa pior que apresentador que fica lendo slides, pior ainda se dá as costas ao público para ler. Ter um limite mínimo no tamanho da fonte, o força a escrever menos, o que leva a ter um maior conhecimento sobre o negócio, caso contrário não passará nenhum tipo de credibilidade.
  • Beleza: slides com pouco texto e ótimas imagens são matadores. Lembre-se sempre que a escala de facilidade de assimilação do cérebro é (em ordem): vídeos, imagens e texto.

Como prometido, segue exemplo de pitch eficiente e eficaz:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=i6O98o2FRHw[/youtube]

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