O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) fez nesta quarta-feira (10), em frente ao Tribunal de Justiça do Rio, no centro da cidade, uma manifestação pela valorização dos honorários médicos conveniados. Participaram também do ato a Associação Médica do Estado e as sociedades de especialidade.
A conselheira e coordenadora da Comissão de Saúde Suplementar do Cremerj, Márcia Rosa, diz que entre as principais reivindicações está o reajuste imediato de 10% no valor das consultas.
Conquistamos uma lei em junho, mas que ainda está em regulamentação e passará a vigorar somente no final de dezembro. Esta lei garante o reajuste anual. O problema é que as operadoras só querem reajustar o pagamento aos médicos depois desse período. Elas aumentaram o valor do plano no início deste ano e os médicos continuam sem reajuste, explicou.
O presidente do Cremerj, Sidnei Ferreira, chama atenção para outras reivindicações, como a equiparação dos pagamentos dos procedimentos feitos em enfermarias, com os dos apartamentos. Ele disse que está preocupado com a crescente redução nos custos das operadoras de planos de saúde.
O médico não pode receber menos de acordo com o paciente, com o tipo de acomodação coberto pelo plano. O trabalho é o mesmo efetuado com os dois usuários. Estamos pedindo o mínimo. É inaceitável a situação atual: a população paga caro pelos planos de saúde e os médicos recebem pouco, finaliza.
O movimento discute ainda o pagamento dos honorários em prazo máximo de 30 dias e a nova contratualização das operadoras baseada nas propostas das entidades médicas apresentadas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador dos planos de saúde. Em nota, a ANS diz que foi criado grupo de trabalho e que as propostas serão discutidas em reunião ainda neste mês.