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Governo abre 2.290 vagas de graduação em Medicina, 930 em São Paulo

Medida faz parte da estratégia de reestruturação do atendimento médico no País, que abrange ações na área de provimento de profissionais, formação médica e infraestrutura

O Ministério da Saúde e da Educação anunciaram a criação de 2.290 vagas de graduação em Medicina em 36 municípios. Destas, 930 serão abertas no estado de São Paulo em 13 diferentes cidades. De acordo com o governo, os municípios foram escolhidos com o objetivo de contribuir para a interiorização do ensino médico. Confira aqui a lista com as instituições escolhidas.

A medida faz parte da estratégia de reestruturação do atendimento médico no País, que abrange ações na área de provimento de profissionais, formação médica e infraestrutura. As instituições de ensino superior (IES) particulares responsáveis já foram escolhidas, e devem implantar os cursos em até 18 meses sob o monitoramento do Ministério da Educação.

De acordo com os ministérios, a definição das novas vagas ocorreu em três etapas. Primeiro, em fase eliminatória, foram selecionados os estabelecimentos que atendiam aos pré-requisitos relativos à saúde financeira da instituição, do plano de negócios, e da capacidade econômico-financeira para ofertar curso de medicina. Neste momento, que utilizou metodologia criada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 115 instituições foram habilitadas, entre 216 inscritas. Em seguida, foi analisada a experiência por meio dos seguintes critérios: indicadores de qualidade das IES vinculadas e dos cursos da área de saúde, oferta de curso de Medicina, existência residência médica e pós-graduação stricto sensu e processos de supervisão. Após esta avaliação, 64 propostas foram classificadas.

A fase final, de análise e classificação das propostas, identificou os melhores projetos. A avaliação foi realizada por especialistas, médicos professores de Medicina de universidades federais, integrantes da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas. Foram considerados o projeto pedagógico, o plano de infraestrutura da instituição, de contrapartida à estrutura de serviços, ações e programas de saúde do município, plano de implantação de residência médica e o de oferta de bolsas para alunos.

A seleção das 39 cidades que receberão os cursos ocorreu em 2014 e obedeceu a regras que garantem a expansão do ensino médico para regiões prioritárias. As cidades selecionadas têm 70 mil habitantes ou mais e estão localizadas em 11 estados de quatro regiões, no interior e regiões metropolitanas, sendo que nenhuma é capital. Na escolha, o Ministério da Educação levou em conta a necessidade social do curso, a estrutura da rede de saúde para realização das atividades práticas e a capacidade para abertura de programa de residência médica.

Três municípios (170 vagas) não tiveram propostas selecionadas, e serão incluídos no edital seguinte, já em curso. O resultado da seleção de instituições é preliminar, sendo que a decisão final será divulgada no final de agosto, após a fase de recursos, que podem ser apresentados entre 13 e 22 de julho.

As localidades contempladas não têm faculdade na área e não são capitais de estado, o que contribui para a interiorização do ensino médico.

22 Municípios em 2015

O Governo Federal elegeu, este ano, mais 22 municípios para a criação de cursos de Medicina em instituições particulares. Essas cidades estão em oito estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, regiões com menor proporção de vagas de graduação e médicos por habitantes.

Com o objetivo de focar em municípios com maior escassez de médicos, o Governo Federal definiu algumas regras  em compararão com a seleção de 2013/2014. Nesta chamada, só foram pré-selecionadas cidades que se localizam em estados com relação de vagas em curso de medicina por 10 mil habitantes inferior a 1,34 e com índice de médicos a cada mil habitantes menor que 2,7. Também foi necessário que o município estivesse a, no mínimo, 75 quilômetros de qualquer curso de medicina existente.

Além desses requisitos, foram utilizados também outros critérios objetivos para a pré-seleção: não ser capital de estado; não ter curso de medicina; ter mais de 50 mil habitantes; e estar localizado em região com estrutura de saúde e de equipamentos públicos, cenários de atenção na rede e programas de saúde adequados para comportar a oferta de graduação em medicina. Após a adesão dos municípios interessados, foram realizadas visitas técnicas in loco. A finalidade foi verificar se a estrutura da rede de saúde local atende o mínimo necessário para comportar as atividades práticas do curso de medicina. A relação de cidades selecionadas será divulgada no final de julho.

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